segunda-feira, 12 de julho de 2010

Foram quatro horas e cinqüenta minutos ao meu lado. E ele vai embora feliz da vida achando que conheceu alguém legal. Foram menos de cinco horas e me dá certa pena pensar nos próximos dias, meses. Talvez anos, se ele for algum tipo de corajoso, algum tipo de masoquista.
Eu consegui, por hoje deu tudo certo. Fui inteligente e carinhosa durante o cinema. Depois fui engraçada e um pouco mais carinhosa durante o jantar. Na minha casa eu segui conseguindo, conseguindo ser alguém com quem se quer passar um feriado em Buenos Aires.
Mas tenho certa pena do dia de hoje, tenho certa pena de como esse dia corretinho, linear e brilhante pode ser corroído pelas chuvas, calores e sujeiras. E acabar como algo disforme, fosco e fraco.
Eu queria que você soubesse, meu amor, que sou dessas loucas. Dessas loucas que vai te chamar de meu amor, mesmo você estando na minha vida há apenas uma semana. Dessas loucas que vai querer te matar só de pensar que, talvez, daqui cinco anos, você me troque pela Claudinha, uma menina mais nova e sem as minhas manias insuportáveis que você ainda não conhece.
E aí, mesmo eu te conhecendo há apenas uma semana, vou te odiar pelo que vou sofrer daqui a cinco anos. E vou te odiar, sobretudo, porque daqui uma semana, quando você se apaixonar pelas minhas manias insuportáveis, eu vou acreditar que você nunca vai enjoar delas.
Eu sou dessas malas sem alça que vai ter ciúme dos seus amigos, dessas pessoas maravilhosas que te conhecem há muito mais tempo que eu. Essas pessoas maravilhosas que serão as primeiras a saber, daqui cinco anos, que você está comendo a vaca da Claudinha. Aliás, eles que vão te apresentar a vaca da Claudinha.
Só de pensar nessa puta da Claudinha, sabe o que eu fiz assim que você saiu da minha casa ontem? Eu liguei para o Pedro. Depois para o Ricardo. Depois para o Fábio. E deixei todos de sobreaviso: ando super carinhosa, gatos.
No fundo, no fundo, não tenho a menor vontade de ser carinhosa com nenhum deles. Mas sou dessas idiotas covardes que quando percebem que estão gostando de alguém, resolvem gostar de vários. Só para banalizar o sentimento. Só para descentralizar a renda. Olha eu, fazendo piadinha meio de esquerda... olha eu, escrevendo meio parecido com você e dando nomes para personagens. Eu sei que gosto de alguém quando esqueço de não gostar tanto de mim. E eu gosto de você, mesmo sabendo que você gosta de mim por pouco tempo.
Ai amor, amorzinho, amoreco, moreco. Eu odeio esses carinhos, odeio. Mas falo todos eles baixinho antes de dormir, para o espaço ao lado da cama que ninguém ocupa. E eu sou um pouco mais estranha do que ser estranha permite. Sou estranha além do charme de ser estranha. Eu sou daquele tipo bizarro, que eu nem sei direito se existe, que vai te acordar, daqui a algumas semanas, chorando como se tivesse te perdido para sempre, ainda que você nem saiba direito se fez bem ou não em dormir, logo assim de cara, na minha casa.
Eu sou sempre cinco anos na frente, eu já começo sofrendo com o fim, eu já tiro a roupa com o gosto meio vazio de resgatar as peças pelos cantos depois. Eu vivo o luto de tudo, antes mesmo de comprar uma roupa colorida pra curtir que você foi embora ontem, lá de casa, querendo voltar. Eu sei que você quer voltar. E eu sei que serei muito feliz por cinco anos, até a puta da Claudinha aparecer. Aquela vaca.
Pensa bem, meu amor, pensa bem. Eu sou daquele tipinho baixo de mulher. Daquele tipinho que rouba o seu celular enquanto você faz seu xixi feliz da vida, achando que conheceu alguém legal. Eu sou daquele tipinho raso, que vai xeretar seu orkut, tentando descobrir o que sua ex tinha que te fez demorar tanto para aparecer na minha vida. E vou odiar toda a sua história, e vou odiar que seus amigos sejam amigos da sua ex, e vou odiar que seus amigos vão adorar contar suas histórias do passado. E vou ficar quietinha, perdida, no canto da mesa. Querendo ligar pro Ricardo, pro Fábio e pro Pedro.
Não que eles sejam melhores do que você, porque não são. Mas eu preciso fugir de você ser tão legal. Porque você é definitivamente muito legal, tão legal que não vai agüentar e me largar daqui cinco anos. Inebriado pela mente menos complexa, pelo peito menos angustiado e pela bunda mais dura. Da Claudinha, claro. Sempre ela.

Ainda dá tempo. Ainda dá tempo de você se libertar do meu cheiro de manga, que você gosta tanto. Ainda dá tempo de se libertar da minha neura de contar as coisas e de não encontrar razão para haver um pão pullman na fruteira. Agora tem graça, mas imagina esse mesmo cheiro de manga e essa mesma conta que soma o mundo sem nunca subtrair nenhuma tristeza daqui cinco anos? Cai fora, irmão. Cai fora.
Não demora muito para eu começar a competir com você. E querer ser melhor que você. E querer isso justamente para que você nunca deixe de me admirar. Mas eu, mais uma vez, sem ter medida de nada, vou te sufocar com meu saquinho furado. Meu saquinho onde todo e qualquer amor ainda é pouco. Porque meu vazio é imenso.
Já imaginou só? Já imaginou quando algum amigo seu apontar e falar: quem é aquela louca ali, berrando no meio da festa e pegando um táxi? E você vai ter de voltar sem graça, e explicar: ela se irritou porque eu peguei a última água com gás sem perguntar se ela queria.
É isso o que você quer para a sua vida? É isso? Uma mulher que bebe refrigerante quente em pleno verão do Nordeste receosa pela procedência do gelo? Uma mulher que tem mais medo de vomitar do que de paraglider? Uma namoradinha meiga que a qualquer momento pode soltar 345 palavrões no seu ouvido só porque você tem mais coisa pra fazer da vida do que me idolatrar?
Combinado, então? Você vai ler agora esse texto, ficar meio tristinho, afinal de contas não é todo dia que se perde uma mulher como eu, mas vai ser forte e terminar tudo. Terminar tudo e ir logo de uma vez conhecer a puta da Claudinha. Essa vaca.
E aí, daqui uns cinco anos, quando você descobrir que mulher é tudo a mesma coisa, quando você estiver enjoado das manias insuportáveis da Claudinha, quem sabe algum amigo seu não me apresente a você. E quem sabe a gente não é feliz pra sempre?

quarta-feira, 3 de março de 2010

O primeiro passo é querer, certo? Mas e quando voce não quer? =X

terça-feira, 2 de março de 2010

Tanta coisa........
Tão.. perdida!

De tudo.. o que mais sinto falta sao as conversas.. a amizade. Que mesmo tentando manter, jamais será a mesma coisa... Isso me deixa mais triste..............

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Chuva!

Como nao estar feliz?! Meldels.. como fui tola rs
Muito feliz!!!!!!!!!!!!!!
Foi tudo lindo, tudo fofo.. nha..
Nem tem como colocar em palavras!

E agora.. essa chuva.. a chuva é tudo!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Não consigo dormir..
por um lado talvez seja bom, o remédio nao me deixou completamente drogada como ontem..
mas por outro, é ruim...

Nao paro de pensar em voce e em tudo que vivemos.. nao sinto dor.. sinto apenas saudade, amor..

Nao sei explicar direito oq ta passando na minha cabeça.. e nem sei se voce passa por aqui pra ler..

Ah sei la.. sinto que nada deveria estar acontecendo.. ou melhor, sinto q eu deveria estar dormindo e nao pensando em voce.

domingo, 31 de janeiro de 2010

cansada de entrar no meu email e olhar meu celular de 5 em 5 minutos.. odeio ter esperanças! aff..














Odeio essa maldita estrela e tudo que ela representa.
Odeio o fato de voce me evitar.
Odeio voce estar com raiva de mim.
Odeio ter quebrado sua confiança.
Odeio voce estar longe.
Odeio querer estar longe.
Odeio ter que viver.
Odeio que tenham me levado no hospital.
Odeio saber que voce nao vai voltar.
Odeio querer cada vez mais que voce volte.
Odeio... odeio nao te odiar.
Odeio te amar cada dia mais!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Uma vez li que as mascaras sempre caem...
Nao é uma mentira.
Porém, a minha só cai a noite.. quando estou sozinha e me permito isso.. me permito sentir e pensar e talvez ate agir (in)felizmente...
e hj caiu.. assim como vai ser daqui pra frente..
nossa, como é cansativo ficar tanto tempo sem demonstrar nada.. como pesa! Eu havia esquecido disso.. me lembrei apenas essa noite.
Meu dia, diria ter sido divertido, cercado de amigos, bobeiras, e comida.. rs
Mas de fato eu nao estava ali.. e quando meu celular tocou, tudo se iluminou.. eu nao precisava de uma mascara... eu fiquei feliz! Infelizmente durou pouco.. como sempre. Recoloquei a mascara no rosto e segui adiante. Chegando em casa me permiti relaxar.. tudo que eu precisava.. parar de fingir. E aqui estou eu.. parada, ou melhor, digitando.. as lagrimas caem, e a tristeza se faz mais do que presente.







In the Space between
What's wrong and right
You will find me
waiting for you.
All your fortresses
go down in the night.
Till the dawn,
I'll see you through.
Cause I know
that you know
you're all over me now.
And it's clear
you will show.
Your curtains will go.
But if your heart is cold,
my sheets are warm.
I will shelter you
through the storm.
I will shelter you
all through the storm.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Nao consigo mais dormir...
Vi novamente 500 days of summer, e nao consigo parar de pensar no final.
Não quero que seja assim.
Rivotril já nao faz efeito algum.. isso é ruim.
Querer te ligar e nao poder, é bem pior.


Quero gritar.. quero falar.. mas nao sai mais nada.

Aquela chuva foi a melhor parte do meu dia.. dos meus dias.. quero sentir aquilo de novo, mas nao como uma ilusao.. quero viver de novo.

Ao mesmo tempo que quero respeitar, quero ir atrás, quero lutar........................... Nao sei com que forças, mas quero e muito!


_Ver mais filmes.. pensar mais em você.. e talvez começar a fazer o que eu quero tanto.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Foi com 16 anos que eu percebi que a felicidade não passava de mais uma ilusão e que ser feliz era como usar drogas, somente o pico de uma onda boa, que durava pouco tempo e que após seu término me deixava para baixo. Bem baixo. No chão.
Eu nasci um camaleão com a necessidade gritante de viver mudando. Eu procurava um lar e quando achava, o destruía. Destruição se tornou a única forma de sobrevivência, pois tudo já havia sido criado e para ser diferente e me sentir viva, eu precisava encontrar novas formas de destruição. Eu descobri, depois de pular de mundo em mundo, de droga em droga, de namorado em namorado e de roupa em roupa, que meu estado normal era a tristeza e pronto, e que a felicidade não passava de uma simples casualidade. Desde que tal pensamento cruzou minha mente, resolvi abraçá-lo e fazer de tudo para provar para mim mesma que eu estava certa. Se não houvesse algo errado eu encontraria, e em vez de tentar consertar o erro, eu construiria barreiras das lágrimas que meus olhos produziriam.
Eu achava que, se eu chorasse o suficiente, iria conseguir colocar todas as minhas dores para fora, mas eu não conseguia, porque no fundo, talvez, eu acho que eu não queria. De tal pensamento fracassado surgiu meu segundo plano; me cortar para colocar as dores para fora.
Descobri nas facas, nos estiletes, nos dentes de pentes, nas tesouras, nas giletes, nos tic-tacs de cabelo, nas pinças ou em qualquer objeto com ponta uma heroína instantânea. Quando o sangue jorrava dos meus braços, a pele doía, e quando a pele doía, ela amenizava a dor que minha mente e meu coração estavam contemplando. Em um impulso compulsivo, eu transformava a dor emocional rapidamente em dor física - o que é muito mais fácil de aguentar. A dor física desaparecia e tudo ficava melhor. Era como se eu estivesse em transe, saindo do meu corpo e me olhando de fora, anestesiando toda a dor, voando livremente como uma borboleta feliz, usando o sangue da minha pele como remédio para minha cabeça. Pouco me importava ter futuras cicatrizes, essas eram facéis de esconder. As feridas internas acabaram virando indescritíveis, impossível de aguentar, óbvias, estampadas em todos os meus menores movimentos. Cortar-me era um alívio de poucos minutos e algo mais para minha coleção de ilusões, mas funcionava. O sangue me dava espaço para respirar.....





Dói. Dói muito. E esses momentos na minha cabeça pioram tudo!
Olhar a sua escova de dente do lado da minha me fez chorar, começar e não conseguir parar mais. Me sinto fraca, frágil... totalmente nas suas mãos... querendo correr pros seus braços. Querendo deitar no seu peito e esquecer o resto do mundo, esquecer de toda a dor, de todo o sofrimento e só pensar na gente, no agora, e no quanto somos felizes juntos.
Dói. Dói muito. E cada vez dói mais.............................